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          sindicatos em ação
        
        
          |fevereiro 2018
        
        
          www.
        
        
          sindiloucasp
        
        
          .org.br
        
        
          Muitas empresas brasileiras são de origem fami-
        
        
          liar. E um dos momentos mais delicados para elas
        
        
          é o da transição. Ou seja, quando é preciso passar
        
        
          o negócio de pai para filho. No caso do Sindilouça
        
        
          (Sindicato da Indústria de Cerâmica de Louça de
        
        
          Pó de Pedra da Porcelana e Louças de Barro no
        
        
          Estado de São Paulo), explica o presidente Ange-
        
        
          lo Carmelo Consolo, praticamente a maioria das
        
        
          empresas tem origem familiar.
        
        
          Angelo Consolo acredita que é preciso pensar no
        
        
          tema, de preferência com tempo para planejar. "É
        
        
          preciso avaliar o quadro da empresa, como será
        
        
          feita essa transição, quem realmente se identifica
        
        
          com o negócio. Do conjunto desses fatores de-
        
        
          penderá o futuro."
        
        
          O consultor em empresas familiares, Domingos
        
        
          Ricca, da Ricca & Associados, explica que a em-
        
        
          presa é maior que todos. E que qualquer ação a
        
        
          ser implantada precisa ser respaldada no fato de
        
        
          que a empresa vem em primeiro lugar. "Para tanto
        
        
          é necessário mostrar para a família que a sucessão
        
        
          não é discutir poder (quem manda mais), e sim,
        
        
          como a empresa vai trabalhar e se perpetuar."
        
        
          Divergências entre o fundador e seus sucessores
        
        
          são normais, comenta. Logo, a consultoria deve
        
        
          atuar como mediadora, fazendo com que a família
        
        
          entenda a importância da governança corporativa
        
        
          para a continuidade dos negócios, principalmente
        
        
          a transparência entre os sócios.
        
        
          Ricca afirma que sucessão não é tirar o dono da
        
        
          empresa e sim fazer com que ele participe do pro-
        
        
          cesso. "Ele precisa ser o mentor e orientador do
        
        
          sucessor. A consultoria faz a intermediação e su-
        
        
          gere, em conjunto com o dono, a melhor forma de
        
        
          fazer a transição, as etapas pelas quais o sucessor
        
        
          deverá passar."
        
        
          Outro fator importante é a preservação da cul-
        
        
          tura. Os valores corporativos são vinculados aos
        
        
          valores do fundador e precisam ser preservados.
        
        
          "Quando os sócios concordam com as regras defi-
        
        
          nidas, as próximas gerações têm uma base sólida
        
        
          e legal que determinará suas ações."
        
        
          As etapas da sucessão nunca são iguais. É funda-
        
        
          mental transmitir ao sucessor os pilares que con-
        
        
          solidaram a empresa familiar, que são: Palavra/
        
        
          credibilidade; Perseverança; Liderança/Carisma
        
        
          e Cultura. A profissionalização também é de ex-
        
        
          trema importância para um processo sucessório.
        
        
          Regras definidas e normas estabelecidas garan-
        
        
          tem o êxito.
        
        
          A Governança Corporativa, por meio de um
        
        
          Conselho de Administração, tem a função de mi-
        
        
          nimizar conflitos, diminuindo os riscos durante o
        
        
          processo de sucessão, pois irá estabelecer regras
        
        
          e deixará clara a função de cada sócio dentro da
        
        
          empresa. A Governança Corporativa pode ser de-
        
        
          senvolvida em empresas de todos os tamanhos.
        
        
          
            Como lidar com a
          
        
        
          S U C E S S Ã O
        
        
          Domingos
        
        
          Ricca