Sindicatos em Ação - Edição 04 Agosto de 2013 - page 23

sindibor
pág. 23
SINDIBOR FECHA CONVENÇÃO
COLETIVA
Embora todos os anos os
Sindicatos patronais e de tra-
balhadores negociem suas con-
venções coletivas de trabalho,
um ano nunca é igual ao outro.
Este, na opinião da consultora
jurídica do Sindibor (Sindicato
da Indústria de Artefatos de
Borracha no Estado de São
Paulo), Laís Correa de Mello, é
o principal aspecto que marca as
negociações.
Segundo a consultora, que
acaba de fechar a negociação
com os trabalhadores para o ano
de 2013/2014, cada ano tem um
perfil, um cenário econômico
diferente, situações diversas,
mesmo sendo o mesmo setor.
“Nosso trabalho é conciliar as
reivindicações dos dois lados,
encontrando um ponto de
equilíbrio para tantas questões”,
comenta.
Esse ano as negociações
levaram cerca de 60 dias. Vale
destacar que o Sindibor é o úni-
co Sindicato patronal do Estado
de São Paulo que negocia com
13 Sindicatos de trabalhadores,
entre os da Capital e do interior.
O Sindicato dos trabalhadores de
Jacareí e São José dos Campos
decidiu, esse ano, negociar sepa-
radamente do bloco.
No final das negociações foi
concedido 8% a título de reajuste
salarial, mais uma gratificação
entre R$ 120,00 e R$ 150,00
(única sem encargos sociais).
Embora houvesse pressão por
aumentos reais significativos, as
equipes de negociação fecharam
em 1% de aumento real. Impor-
tante para empregados e empre-
gadores foi a conquista de piso
diferenciado para a categoria de
artefatos de borracha e reforma
de pneus. “Hoje a categoria tem
piso para até 50 empregados, vi-
sando empresas de menor porte,
e outros para acima de 50”.
A consultora ressalta que a
negociação desse ano foi mais
cautelosa, em função do merca-
do estar retraído. “Tomamos cui-
dado para não onerar ainda mais
os custos com mão de obra”. Um
dos resultados desse cuidado foi
a vigência de cláusulas sociais
por dois anos, o que permite
maior previsibilidade por parte
dos agentes envolvidos.
De maneira geral, Laís
Mello acredita que o resultado
da convenção foi positivo para
os dois lados. “Consegui-se
ainda a alteração da cláusula
social da livre negociação, o que
significa que as negociações po-
derão acontecer livremente com
os cargos de chefia, gerência
e direção, de acordo com cada
empresa”.
“No final das
negociações foi
concedido 8% a
título de reajuste
salarial, mais uma
gratificação entre
R$ 120,00 e R$
150,00 (única
sem encargos
sociais).”
Laís Mello
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