Sindicatos em Ação - Edição 35 - Dezembro de 2018 - page 15

dezembro 2018 |
sindicatos em ação
|
15
E N T R E V I S TA
- Qual o cenário encontrado pelas indústrias hoje?
Em torno de 28,7% responderam nossa pesquisa afirmando
que praticam atividades efetivas de gestão de riscos, 39,1%
responderam que exercem estas atividades parcialmente e
32,2% não praticam. A concentração de praticantes destas
atividades está nas médias e grandes indústrias, existindo
assim, uma grande lacuna nas pequenas empresas.
- Quais os principais pontos críticos?
O não entendimento que independente da adesão ou não
de qualquer atividade de gestão de riscos (por exemplo, a
contratação de um seguro), o industrial continua sendo o
dono dos riscos e suas consequências.
Uma outra grande lacuna está relacionada a ausência de
atividades prevendo a continuidade dos negócios, em caso
de um sinistro (consecução de um risco). Avaliamos o baixo
desempenho da gestão de riscos quando em torno de 58%
das empresas respondem que não praticam estas atividades.
- O que pode ser considerada uma boa prática em
gestão de risco?
A administração preventiva dos riscos, através da sua iden-
tificação, monitoramento, avaliação e probabilidades de
ocorrências, bem como planos e medidas adotados para sua
prevenção e/ou minimização.
- Qual o grau de maturidade das indústrias em rela-
ção à gestão de risco?
Neste ponto devemos separar pelo porte. Grandes e médias
empresas, em sua maioria, afirmam que praticam as ati-
vidades de gestão de riscos, embora nossa percepção é de
que parte destas empresas se apoiam no fato de contrata-
rem seguros para se posicionarem como praticantes de ati-
vidades de gestão de riscos. Classificamos como um grau
de maturidade médio. Já para as pequenas empresas nosso
diagnóstico sobre maturidade é da existência de uma gran-
de deficiência na aplicação destas técnicas.
- Quais os principais impactos para as empresas e
para o mercado?
Como qualquer atividade de gestão, tratar riscos significa
ter ferramentas para o enfrentamento de adversidades do
dia a dia de uma organização. A consecução de riscos, tan-
to advindos de ações deliberadas ou não, podem ter como
consequências a desvalorização da empresa e/ou mesmo,
no limite, torná-la insustentável.
O trabalho, explica Fernando Só e Silva, coordenador do GT
Gestão de Riscos do Deseg, é feito por meio da dissemina-
ção de conhecimento especializado. Para tal as atividades do
grupo envolvem pesquisas na indústria, buscando entender
seu nível de maturidade e demandas sobre este assunto, diá-
logos com especialistas e praticionários da gestão de riscos,
realização de Seminários e discussões, dentre outras.
Em entrevista, Fernando Só e Silva explica um pouco do trabalho feito pelo Deseg. Confira:
N T R E V I S TA
1...,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14 16,17,18,19,20,21,22,23,24,25,...28
Powered by FlippingBook