Sindicatos em Ação - Edição 35 - Dezembro de 2018 - page 5

dezembro 2018 |
sindicatos em ação
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Suelilian Beccarini
Prestes a entrar em vigor, o eSocial (Sistema de
Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas) exigirá que todas as
informações das empresas fiquem centralizadas em
um único sistema, o que alterará a maneira como
elas se relacionam com o governo. Preocupada
com o impacto que o eSocial terá em sua base de
associados, o Sinaemo (Sindicato da Indústria de
Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos
e Hospitalares do Estado de São Paulo) promoveu
o curso “eSocial – impactos nas relações trabalhis-
tas”. Comandados pela advogada especialista na
área trabalhista e previdenciária Rosânia de Lima
Costa, os encontros aconteceram em São Paulo e
Rio Claro, nos dias 29/10 e 7/11 respectivamente.
O objetivo dos encontros foi esclarecer dúvidas
sobre a atualização do eSocial, ocorrida em razão
da Reforma Trabalhista. Para a instrutora do cur-
so, é chegada a hora de as empresas se prepararem
para o sistema. “A partir de sua implantação, o
Governo Federal fiscalizará pela internet todas as
empresas por meio do eSocial. Assim, todas terão
que rever suas práticas trabalhistas. É importante
que se mude a cultura de gerir pessoas.”
José Augusto Queiroz, diretor administrativo
doSinaemo, destaca que é preciso compartilhar
conhecimento para que as empresas cumpram o
exigido pelo sistema. “É nossa preocupação cons-
tante no Sinaemo assessorar as associadas tam-
bém no atendimento das obrigações para com o
poder público e, para isso, tivemos experts abor-
dando o eSocial”, afirma.
Embora o assunto não seja tão novo, o tema ainda
levanta muitas dúvidas. “O evento foi excelente
para troca de experiência e aprendizado. O eSo-
cial é o assunto do momento e na teoria, é tudo
compreensível. Na prática, as coisas são mais
complicadas”, disse Taís Leão, analista de RH do
RBT Group Méryelem Guerra.
“Há uma preocupação muito grande em cumprir
as determinações e manter a cronologia dos even-
tos, seja por conta da folha, ponto, banco de ho-
ras, cadastros ou afastamentos. Ninguém quer ser
notificado ou receber multas. Para o colaborador,
o impacto será se habituar à nova cultura e cum-
prir o novo regimento interno, muito mais rígido,
principalmente com batidas no ponto eletrônico,
entrega de atestados e alterações cadastrais. O ca-
dastro deixou de ser só da empresa e passou a ser
compartilhado com o governo. Acabou o jeitinho
no RH e DP”, diz Roycemann Andrade Miranda,
supervisor de TI da Samtronic.
Sinaemo promove série
de
E V E N T O S
sobre o eSocial
José Queiroz
Especialistas tiraram dúvidas
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