Sindicatos em Ação - Edição 35 - Dezembro de 2018 - page 8

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sindicatos em ação
| dezembro 2018
F Ó R UM F I E S P
de Atualização Sindical 2018 debate desafios
dos sindicatos no novo cenário econômico
No dia 17 de outubro, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado do São Paulo) ocorreu o Fórum FIESP de Atualização
Sindical 2018. Um dos principais assuntos tratados foram as di-
ferentes maneiras de driblar o fim da contribuição sindical com-
pulsória e fidelizar novos associados, destacando as vantagens
que ser associado ao sindicato pode trazer ao trabalhador.
Com abertura do presidente da entidade, Paulo Skaf, o evento
debateu a importância de os sindicatos entenderem essa nova
fase em que o setor brasileiro se encontra e se reinventarem, en-
contrando outros meios de atraírem a atenção dos trabalhadores
e aumentar seu número de associados de forma espontânea. Para
Eduardo Eugênio, presidente da Firjan (Federação das Indústrias
do Rio de Janeiro), essas são medidas importantes porque "a voz
do empresário faz parte de uma nação civilizada".
ESCOLA DE ASSOCIATIVISMO CAPACITA
EMPREENDEDORES
Sérgio Rogério de Castro, diretor da Escola de Associativismo,
usou o espaço para explicar um pouco sobre o projeto, que consis-
te emuma organização que atua emprol das organizações, criando
um conjunto de iniciativas que incentivam a educação e formação
dos participantes, bem como a difusão de princípios de eficiência e
boa governança. Para isso, a escola opera nove cursos há três anos,
commetodologias voltadas para fortalecer as associações.
PRESIDENTE INTERINO DESTACA PONTOS
DE FORTALECIMENTO DAS ASSOCIAÇÕES
Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plás-
tico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, que também foi
presidente interino da Fiesp durante a campanha eleitoral deste
ano, destacou a importância da valorização da ação individual
através da ação do coletivo. Para ele em primeiro lugar, Coelho
acredita na importância de que cada sindicato tenha sua sede
própria, pois isso consolida a instituição. "O associado quer ter
um lugar para chamar de seu. Uma sede serve, inclusive, para
melhorar a autoestima do associado. E também, para criar a
consciência de grupo", afirmou.
Outro ponto destacado foi a importância da renovação. É essen-
cial que as entidades tragam para os associados novas ideias e
novas soluções, para que as empresas sejam capazes de se adap-
tar aos novos modelos de mercado que estão surgindo. Além
disso, é importante trazer as novas empresas para os sindicatos,
como as startups. Porém, é preciso lembrar que inovação não
se trata somente de tecnologia. "Inovação são também ideias,
pensamentos e visões sociais. É preciso respeitar e introduzir as
mudanças das relações interpessoais", destacou. Através dessas
práticas, é possível criar novas motivações para que as pessoas
queiram pagar para estar dentro da associação.
E, uma vez dentro da associação, é preciso fidelizar aqueles que
lá estão. E isto só é possível através de uma boa governança,
que envolve o compartilhamento de informações sobre a toma-
da de decisões, além de transparência e clareza nas explicações
de como cada decisão irá afetar o trabalhador associado. Além
disso, envolve também uma boa gestão financeira, que atinja
a estabilidade e não precise criar novas taxas ou aumentar as
mensalidades com frequência.
LEIS NÃO PODEM SER IMPEDIMENTO
PARA O CRESCIMENTO
A desembargadora do TRT/SP, Sônia Mascaro, explicou a im-
portância da reforma sindical, além de contar um pouco so-
bre a história do sindicalismo - que surgiu no século XX, como
sindicalismo patronal, que visava defender os direitos dos em-
presários e só depois assumiu o caráter de defesa de classes. As
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