Sindicatos em Ação - Edição 33 - Agosto de 2018 - page 15

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sindicatos em ação
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O painel sobre “Sustentabilidade e fortalecimento do Sis-
tema Associativo da Indústria”, discutiu o fortalecimento
do associativismo. Para a CNI, os Sindicatos que se mos-
trarem relevantes para as empresas terão mais chances de
enfrentar os desafios colocados pela Reforma Trabalhista,
que tornou facultativa a contribuição sindical.
Com objetivo de fortalecer o associativismo a Confedera-
ção lançou uma proposta para ajudar as entidades do setor
industrial a trabalharem de forma estratégica e sustentá-
vel. Entre as sugestões estão a diversificação de receitas, a
prestação de serviços e a ampliação da base sindical.
A CNI sugere, por exemplo, que os Sindicatos realizem
parcerias locais para oferecer aos associados descontos ou
vantagens diferenciadas junto a instituições, fornecedores
ou prestadores de serviços. Em conjunto com as federa-
ções estaduais das indústrias, as entidades devem ainda
realizar diálogos com especialistas para atender as empre-
sas que desejem aprofundamento em temas que as ajudem
a solucionar problemas específicos.
Como um dos pontos principais do evento era conhecer
a proposta dos presidenciáveis, o painel “Eleições 2018:
Quais as principais tendências e cenários”, trouxe infor-
mações sobre as eleições nos Estados Unidos, na Europa
e América Latina.
O diretor do Eurasia Group, Christopher Garman, expli-
cou que tempo de televisão, dinheiro, palanque eleitoral
e estrutura partidária não serão os pontos centrais para a
definição das eleições presidenciais de 2018. Para ele, to-
das essas variáveis são importantes, mas menos que nas
eleições passadas. Entre os fatores que farão a diferença,
o especialista aponta o descontentamento da classe média
com o cenário político, a influência das mídias sociais, a
proibição de doações eleitorais por empresas e o fato de a
campanha ter sido encurtada de 90 para 45 dias.
Durante o segundo dia do ENAI, os candidatos à presidência da
República puderam apresentar seu plano de governo e as idéias
para o desenvolvimento da indústria nacional. O primeiro pre-
sidenciável a apresentar suas propostas foi o ex-governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo ele, se vencer
as eleições fará reformas estruturantes ainda no primeiro se-
mestre do governo. Entre as prioridades estão a simplificação
tributária, com unificação de impostos; revisão do modelo de
representação política e a reforma do sistema previdenciário.
Na sequência a pré-candidata Marina Silva defendeu uma re-
forma política que contemple o fim da reeleição, a quebra de
monopólio de partidos com a possibilidade de candidaturas in-
dependentes, a aprovação do voto distrital misto a composição
de governo com base em meritocracia, o fim do presidencialis-
mo de coalizão, dependente basicamente das alianças políticas
para se governar, para um “presidencialismo de proposição”,
baseado no diálogo e em programas, para se escolher os minis-
tros por competência técnica e política.
Terceiro a falar, Jair Bolsonaro defendeu a redução da burocracia
e a desregulamentação de aspectos da economia como as primei-
ras medidas do próximo governo para contribuir com a recupe-
ração da atividade produtiva e da confiança do empresário. “É o
governo não ficar no cangote do empresário, não lembrar dele só
quando precisa de alguma coisa. É o governo entender que ele é
o empregado e não o patrão, nessa questão”, disse.
A reforma tributária será uma das principais agendas do pré-
-candidato à presidência da República Henrique Meirelles
(MDB), caso seja eleito nas eleições de 2018. O ex-ministro da
Fazenda do governo Temer destacou que uma equipe elabora
projeto mais detalhado sobre o tema. A previsão dele é da mu-
dança ser votada nos primeiros 100 dias de seu governo, caso
obtenha vitória nas urnas.
2 º D I A
Presidente CNI abre o evento
Ciro Gomes
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