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SIMMESP DISCUTE A COMPETITIVIDADE
DE SUAS EMPRESAS
O Simmesp (Sindicato da
Indústria da Malharia e Meias no
Estado de São Paulo) tem estado
na vanguarda das discussões de
temas em defesa das empresas
representadas e mais recente-
mente colocou em pauta o tema
da Competitividade na Plenária
do Comtextil (Comitê da Cadeia
Produtiva da Indústria Têxtil,
Confecção e Vestuário), também
presidido por seu presidente
Elias Miguel Haddad.
Segundo Haddad, o Brasil
não é competitivo por força do
próprio governo. “Dentro das
indústrias somos muito eficien-
tes, temos maquinário moderno,
inovação, expertise. Qualquer
fábrica nossa que estivesse em
outro país seria mais competitiva
do que estando no Brasil”.
O principal problema para
o setor, aponta, é o custo Brasil.
Os altos juros, uma estrutura al-
tamente complexa e a burocracia
em todos os segmentos. “Para
voltarmos a ser competitivos
teríamos que eliminar esses
fatores, mas não contamos com
o apoio do governo”.
O tema foi bastante debati-
do, estudos foram apresentados
pelos departamentos técnicos da
Fiesp e os presentes puderam
interagir com propostas de solu-
ções que beneficiem as empresas
do Simmesp e de toda Cadeia
Têxtil e de Confecção.
Renato Corona, do
Departamento de Competitivi-
dade e Tecnologia (Decomtec)
apresentou uma comparação
entre a indústria do Brasil e a
de ouros países. Por meio de
um comparativo de indicadores
como tributação, infraestrutura e
logística, serviços com funcioná-
rios do Brasil e países parceiros,
desenvolvidos e emergentes, a
análise mostra o peso do custo
Brasil na diferença de preços
no mercado interno de produtos
nacionais e importados.
A seguir, Paulo dos Anjos,
integrante do Comtextil, explicou
que nas últimas décadas houve um
aumento significativo da produção
de fios sintéticos e, consequen-
temente, redução do uso de fios
naturais como lã e algodão.
“Hoje, em vez das pessoas
usarem um casaco de lã, que é
pesado, elas vestem algo com
tecido que tem tratamento anti-
vento, protege da água, mantém
temperatura e ainda é leve, fácil
de transportar e pode ser coloca-
do sobre outras roupas.”
De acordo com o estudo, a
produção de fibras, tanto naturais
quanto sintéticas, e a indústria
têxtil como um todo passarão
por mudanças para atender às
demandas do consumidor por
praticidade e conforto.
Ao final o presidente do
Simmesp entendeu que o evento
foi muito proveitosa, com infor-
mações que norteiam as decisões
das empresas e que não se en-
cerrou ao final de uma reunião,
mas sim suportam movimentos
de união em busca de atender
o pleito de seus representados
e interferir junto ao Estado na
busca de maior competitividade
para as empresas.
Elias Miguel Haddad
Divulgação/Fiesp