Sindicatos em Ação - Edição 22 - Setembro de 2016 - page 25

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sindicatos em ação
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O Sindijóias (Sindicato da Indústria de Joalheria, Bi-
juteria e Lapidação de Gemas do Estado de São Pau-
lo), a exemplo de todos os anos, convocou a catego-
ria econômica para Assembleia que analisou a Pauta
de Reivindicações dos Trabalhadores. Mais uma vez
a Assembleia registrou boa taxa de participação.
De acordo com o presidente do Sindicato, Alio-
mar Nogueira Teixeira o pais ainda vive um am-
biente extremamente adverso ao desenvolvimen-
to das indústrias e manutenção de empregos, por
conta do "travamento" econômico do Brasil, con-
sequência de todos os percalços políticos que vem
acontecendo no país.
Diante desse ambiente, o discurso "este ano não
vamos dar nem a reposição salarial" acolhe segui-
dores que estão olhando seus balanços e buscando
redução de despesas a qualquer custo. No entanto,
comenta o presidente, cabe sim uma reflexão. "Cer-
tos ou errados? Ora, se ao planejarmos nossos ne-
gócios, definimos volume de produção, ou pelo me-
nos tentamos fazê-lo, consequentemente também
definimos a massa trabalhadora que precisaríamos
contratar. Nenhum empregador, consciente, preten-
deria tornar esse trabalhador um escravo, mas antes,
um parceiro, que se dedique, que se envolva para
garantir uma produtividade dentro dos níveis pla-
nejados. Claro que para isso, o trabalhador também
tem que ser remunerado dignamente."
Analisando a questão por esse ângulo, avalia que se
a produção planejada teve decréscimo, um reestu-
do deve e tem que ser feito. "Mas será que às custas
da redução do poder aquisitivo desse trabalhador?
Negociação salarial -
ERROS E ACERTOS
Não estamos nos referin-
do a ganho salarial, e sim,
a reposição do poder de
compra. Negociação jus-
ta envolve decência das
partes,
conhecimento
do histórico e acima de
tudo, ponderação. Esta-
mos todos preparados
para isso?"
Ainda nesse processo
de reflexão o presidente
questiona: "Ao formar
comissões de negociação,
nossas Assembleias sa-
bem o que estão fazendo?
Elegem esses integrantes
conscientes da capacida-
de de cada um? Esses in-
tegrantes conhecem as necessidades de toda a base
do Sindicato, ou trabalham por interesses próprios
ou ainda de minorias?"
Pior ainda seria compor comissões com integran-
tes investidos de aspirações pessoais. Nesse caso,
o Sindicato estaria sendo usado por grupos ou
indivíduos "que esquecendo o coletivo, aprovei-
tariam o quórum de uma Assembleia para tentar
angariar simpatizantes, muitas vezes com falácias.
Enfim, é da Assembleia o poder de delegar a al-
guns representantes o árduo dever de negociar
com os trabalhadores de forma digna e respeito-
sa, mas é nossa obrigação apresentar os meandros
dessa árdua missão."
Aliomar Nogueira Teixeira
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