Sindicatos em Ação - Edição 22 - Setembro de 2016 - page 30

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sindicatos em ação
| setembro 2016
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Diretor da Vicunha fez apresentação
O presidente do Simmesp
(Sindicato da Indústria da
Malharia e Meias no Estado
de São Paulo), Elias Miguel
Haddad, considera funda-
mental para a indústria têxtil
manter o otimismo em rela-
ção ao mercado. Dentro des-
ta postura, vem ampliando o
conceito de agenda positiva
implantado dentro do Comitê
da Cadeia Produtiva da In-
dústria Têxtil (Comtextil), do
qual é coordenador.
Na reunião do último dia
23 de agosto, Haddad convidou o diretor
de Operações da Vicunha Têxtil, Marcel
Imaizumi, para falar sobre a trajetória da
empresa. Para o presidente do Simmesp, as
olimpíadas ajudaram a melhorar as expec-
tativas do mercado.
O diretor da Vicunha destacou que com a
crise de 2008 a diretoria partiu para a in-
ternacionalização do grupo. "Agimos assim
para abrir mercado. Deixamos as nossas fá-
bricas mais modernas e flexíveis, investimos
na nossa unidade industrial no Equador."
Com isso, 48% das vendas da marca são feitas fora do
Brasil. “Entregamos muito mais que tecido, entrega-
mos valor à cadeia têxtil”, afirmou Imaizumi. “Gasta-
mos muito dinheiro em pesquisa e desenvolvimento
para criar coleção, para saber o que as pessoas vão
usar daqui para a frente”. Principal fabricante mun-
dial de índigos e brim, a Vicunha Têxtil é uma das
maiores do mercado jeanswear, com 80 anos de exis-
tência e um faturamento de R$ 18,5 bilhões em 2015.
Imaizumi diz que o Brasil precisa rever a questão
tributária. E que não se trata de fazer um projeto
para pagar menos impostos, mas sim tornar a indús-
tria mais competitiva, para tanto é preciso entender
a indústria. O reflexo da falta de competitividade,
completou, está no número de pessoas desemprega-
das e na fuga de indústrias para o Paraguai, onde a
energia é mais barata, o governo está dando terreno,
capital, financiamento e mão de obra.
Para Imaizumi, temos um mercado “gigante e
carente”. “Se nós queremos sobreviver, vamos ter
que proteger a indústria de confecção, ter estímu-
los, exportar, desonerar impostos”.
Ao final da reunião Elias Haddad voltou a refor-
çar a necessidade de apresentar bons exemplos
que podem servir de referência para o mercado,
principalmente diante do cenário atual.
Indústria têxtil
precisa de
PROTEÇÃO
Elias Miguel Haddad
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