Sindicatos em Ação - Edição 18 - Janeiro de 2016 - page 13

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sindicatos em ação
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Cursos realizados em 2015
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simm
.org.br
A desconfiança do brasileiro em relação ao futuro
da economia derrubou as vendas das indústrias
de móveis do polo representado pelo SIMM (Sin-
dicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol).
Elas encerraram o ano com uma queda média de
35% em comparação a 2014.
As fabricantes enfrentam a pior crise desde o iní-
cio de suas atividades há mais de duas décadas.
Além da falta de pedidos por parte dos lojistas, os
empresários precisam lidar com a inadimplência
que segue na contramão das vendas.
O sócio proprietário da Móveis Elo, Eugenio Cassuci
reclama da dificuldade para receber. “O valor da dívi-
da dos clientes com a empresa supera em quase 20%
o que pagamos de 13º aos funcionários. Não sabemos
o que fazer para resolver essa equação”, afirma.
Também tem tirado o sono dos empresários a alta
gradativa da matéria-prima que já acumula 7%. O
diretor comercial da JB Bechara, Marcos Bechara
diz que a empresa teve que absorver todos os au-
mentos repassados pelos fornecedores. “Devido ao
momento delicado nem pensamos em repassar os
custos. Na tentativa de driblar a crise temos até ofe-
recido descontos nas compras de nossos produtos,
e mesmo assim está difícil vender”, explica Bechara.
Para conseguir sobreviver em meio a crise as
empresas precisaram cortar gastos que afetaram
diretamente os funcionários. Até agora foram de-
mitidos aproximadamente 600 trabalhadores das
indústrias que compõem o polo moveleiro.
O gerente comercial da Lukaliam, Gerson Hen-
rique diz que a empresa precisou adotar algumas
medidas para equilibrar as contas. “Planejamos
baixar a produção e reduzir o quadro de funcio-
nários em 2016”, comenta.
Simm tenta driblar crise com
CAPACITAÇÃO
de colaboradores
A Confederação Nacional
da Indústria(CNI) revisou
mais uma vez as estimativas
para o crescimento da eco-
nomia e da indústria deste
ano. A previsão é que o PIB
(Produto Interno Bruto) caia
em 2,9% em 2015, o pior re-
sultado desde 1990. A indús-
tria é o setor mais afetado. O
PIB industrial fechará
o ano com uma queda
de 6,1%. Será a segun-
da redução anual con-
secutiva do indicador,
que encolheu 1,2% em
2014.
Para o Presidente do
SIMM, Pedro Bemvindo
Rodrigues, é necessário
analisar a atual situação
econômica com cautela.
“É preciso encontrar uma
saída para a indústria que passa por um processo de
realinhamento estrutural interno, redução de cus-
tos e de pessoal. O governo tem que olhar para nós
empresários e entender que empregamos milhões de
pessoas e se continuarmos nessa situação, muitomais
pessoas serão dispensadas. Será o caos desse país”.
O SIMM busca cada vez mais proporcionar trei-
namentos, palestras e cursos para os associados
e colaboradores numa tentativa de driblar a crise
com a capacitação de funcionários e com isso ter
mais diferenciais na luta da concorrência, agregar
valor e ter colaboradores mais eficientes e antena-
dos com a atual situação do país.
Marcela Pinoti / Clayton Spatini
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