simvep
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O ano de 2013 se finda
e para nós, empresários da
indústria brasileira, não há
muito o que comemorar.
Vejamos:
a) variações cambiais de
aproximadamente 15%, num
período de um ano, deixando
os importadores com van-
tagens e limitando nossas
indústrias na aquisição de
equipamentos de alta tecnolo-
gia, necessários na atualiza-
ção do parque industrial;
b) defesa comercial
morosa e sem agilidade
para enfrentar os problemas
existentes, seguindo normas
enquanto os importados as
burlam com a maior facili-
dade;
c) uma substituição
tributária absurda, onerando
o capital de giro mensal das
pequenas e médias empre-
sas, que não tem poder de
“barganha” com seus clientes,
possuindo prazos comerciais
superiores ao de recolhimento
e quanto ao transitar para ou-
tros estados precisam recolher
antecipadamente;
d) os 10% da multa do
FGTS, criada por um deter-
VERGONHA
minado prazo e finalidade e
continuando sem possibilida-
des presentes de solução;
e) fiscalização do Meio
Ambiente pela polícia Civil,
despreparada, causando situ-
ações constrangedoras e de
corrupção contra os empresá-
rios, em vez de criarem uma
cultura de orientação que
desconhecem;
f)equiparação do PIS e
Cofins para a indústria nacio-
nal, como foi concedido pelo
STF aos importadores e até
agora nada;
g) uma NR12 absurda,
que inviabiliza qualquer plan-
ta de produção, e pior, dando
ao fiscal do trabalho o poder
de encerrar uma empresa;
c) uma desoneração da
folha de pagamento privile-
giando alguns setores e outros
não, e, quando, no caso do
nosso setor, com tudo ajusta-
do tecnicamente, e determi-
nada a data de início da vali-
dade, temos a grata surpresa
de sua retirada da medida
provisória, sem explicações
técnicas e políticas.
Poderíamos continuar lis-
tando os absurdos, principal-
mente nossa terrível burocra-
cia. Certamente todos teriam
mais dados para acrescentar
a essa lista, e é por isso que
temos que fazer algo. Se não
temos o “poder da caneta”,
como diz o nosso presidente,
vamos atrás desse poder, afi-
nal teremos um ano político e
compete a nós conscientizar
bem esse momento. Enquanto
isso, tenho VERGONHA de
ser empresário no Brasil.
Por: Manoel Canosa
Miguez (Manolo)
Presidente Simvep
“Se não temos
o “poder da
caneta”, como
diz o nosso
presidente,
vamos atrás
desse poder,
afinal teremos
um ano
político e
compete a nós
conscientizar
bem esse
momento.”
Manoel Canosa Miguez
