Sindicatos em Ação - Edição 03 Junho de 2013 - page 8

sincobesp
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SINCOBESP QUER FORTALECER IMAGEM DAS EMPRESAS
DE COLETA DE SUBPRODUTOS ANIMAIS
Durante o XII Congresso
Brasil Rendering, promovido
pelo Sincobesp (Sindicato Na-
cional dos Coletores e Beneficia-
dores de Subprodutos de Origem
Animal), no último mês de
abril, o presidente do Sindicato,
Gustavo Razzo Neto, destacou a
necessidade de iniciar um traba-
lho para promover a atividade de
graxaria.
Para Razzo, a falta de
investimento na divulgação
da atividade, vem provocando
dificuldades para a categoria,
principalmente no que diz
respeito às questões ambientais.
O presidente lembrou que em
todo o mundo o processamento
de subprodutos animais provoca
um cheiro característico (uma
fábrica que produz café, cheira
café), mas que as empresas estão
trabalhando e aperfeiçoando
seus métodos de processos para
diminuir esse odor, que pode não
ser agradável ao olfato, mas não
é prejudicial à saúde.
Por outro lado, a atividade
transforma fluxo indesejável
em matérias-primas nobres, que
são utilizados para produção de
farinhas e óleos. “Quem entra
em uma graxaria hoje encontra
instalações limpas, profissionais
uniformizados, uma realidade
muito diferente de 40 anos”,
argumenta.
Embora muitos não saibam,
o processamento é fundamental
do ponto de vista ambiental, pois
impede que esses subprodutos
contaminem o solo e as águas,
explica. Para que mais pessoas
da comunidade e as próprias
autoridades ambientais se
conscientizem dessa realidade,
o Sindicato decidiu iniciar um
trabalho específico de melhora
da imagem, que tem por objetivo
valorizar as empresas associadas.
O primeiro passo será a
contratação de uma empre-
sa especializada em gestão
de imagem, que deverá criar
estratégias de Comunicação para
melhorar o relacionamento entre
as empresas e os diferentes pú-
blicos de interesse. “Já estamos
conversando com uma empresa e
esperamos em breve dar início a
esse trabalho. Nossa prioridade é
deixar claro que somos recicla-
dores, exercemos uma atividade
de utilidade pública”.
O potencial desse mercado
também será alvo do trabalho do
Sindicato. “As pessoas desco-
nhecem o potencial da nossa
atividade”, lembra Razzo. De
acordo com números divulgados
pela Abra (Associação Brasi-
leira de Reciclagem Animal), o
Brasil é responsável por 1/4 da
produção farinhas e gorduras de
origem animal do mundo.
Ao todo o país produziu
3,27 milhões de toneladas em
2012 e espera produzir 3,52
milhões de toneladas em 2013.
Embora na comparação com o
ano de 2010 a produção tenha
registrado uma queda de 3,9%,
o faturamento do setor cresceu,
passando de US$ 5,81 bilhões
em 2010, para US$ 6,93 bilhões
em 2012, contra 5,37 milhões
de toneladas em 2010 e 5,14
milhões de toneladas em 2012.
Um segmento com tamanha
representatividade, afirma o
presidente, não pode ser margi-
nalizado. “Estamos falando de
empresas com mais de 90 anos
de mercado, o que prova que
para nós, pensar na melhoria da
qualidade do meio ambiente não
é novidade, faz parte da nossa
essência”.
Dra. Valdirene Paes e Gustavo Razzo
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