Sindicatos em Ação - Edição 26 - Junho de 2017 - page 20

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sindicatos em ação
| junho 2017
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O Sampapão organizou no dia 4 de abril, um pai-
nel para discutir as reformas Trabalhista e Sindical,
importante assunto que envolve tanto o Sindicato
patronal como o laboral. Foram convidados para o
evento o ex-ministro do Trabalho, Almir Pazzianotto
e representantes dos trabalhadores. No decorrer do
painel também foi discutida a Lei de Terceirização
O presidente do Sampapão, Antero José Pereira, falou
sobre a responsabilidade do Sindicato para com os
seus associados e a necessidade da participação das
entidades sindicais patronais e laborais para que sejam
tomadas as melhores decisões. “Não é o que é melhor
para o trabalhador e para o patronal, mas sim o que é
melhor para todo o segmento da panificação. A CLT
deverá sofrer alterações que devem ser objeto da mais
ampla discussão entre todos os envolvidos: governo,
empresários e trabalhadores."
O presidente do Sindicato dos Panificadores de São
Paulo Francisco Pereira completou dizendo que é
preciso buscar uma reforma sem trazer ainda mais
problemas para os trabalhadores. "É preciso entender
que as entidades sindicais têm um papel a cumprir na
relação capital e trabalho."
De modo geral todos concordam que é preciso adaptar a
CLT criada no ano de 1943, à atual realidade do mer-
cado de trabalho. “Temos vários fenômenos cons-
pirando hoje contra o velho mercado de trabalho: a
globalização, a informatização e no caso brasileiro,
importante para os trabalhadores, mas sob outras
circunstâncias”, afirma Pazzianotto.
Atualmente um dos grandes problemas enfrentados na
atual crise do Brasil é o desemprego. Outro problema
é que só nos últimos cinco anos passaram pela Justiça
do Trabalho cerca de 143 bilhões de reais em condena-
ções, fazendo com que os empresários se retraiam na
hora de investir em mão de obra.
Para resolver esse problema Pazzianotto defende a
negociação. “A negociação resolve problemas que a
lei não resolve e que muitas vezes a própria lei cria. O
meu estímulo aos senhores é que não recuem e exi-
jam as reformas, pois precisamos de uma legislação
Trabalhista que inspire no investidor um sentimento
de segurança. ”
Com toda essa insegurança na economia e falta de
emprego, a Terceirização está gerando muitas dúvidas
sobre se é ou não positiva para o trabalhador, diz o ex-
-ministro. “Na verdade, estamos passando pela Terceiri-
zação semnos darmos conta disso. Há uma grande divi-
são no mundo moderno de especialização. A tendência
da grande indústria hoje é concentrar-se na atividade
essencial e contratar o que ela puder, sem prejuízo da
sua marca e da sua reputação."
Sampapão discute reformas
T R A B A L H I S TA
e sindical
Da esquerda para a direita Almir Prazzianotto e Antero
José Pereira
Tema chamou atenção dos associados
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