Sindicatos em Ação - Edição 26 - Junho de 2017 - page 29

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E o que fazer para que o país não pare? “Não se
pode brincar com 14 milhões de desempregados
do Brasil”, afirmou. “Vamos nos dedicar ao máxi-
mo para que essa roda não pare, para que as coi-
sas não parem de caminhar”, explicou. “A necessi-
dade é a mãe das invenções”.
O Diretor titular do Dempi, Milton Bogus, desta-
cou desafios das pequenas empresas como o acesso
a novos mercados e a melhoria na produtividade,
entre outras questões. “Não adianta reduzir a Se-
lic se essa redução não chegar às taxas praticadas
pelos agentes financeiros que atendem as micro e
pequenas indústrias”, afirmou. “É preciso corrigir
os gargalos e retomar o acesso ao crédito”.
Tais oportunidades, destacou Bogus, foram apre-
sentadas aos empresários através da sala de crédito
preparada pelo Dempi durante o evento, com todos
os agentes financeiros. O diretor voltou a afirmar
que é uma bandeira antiga da Fiesp o investimento
em pesquisa e inovação e lembrou que a indústria
4.0 ignora totalmente a crise. "Se não acompanhar-
mos essa evolução seremos ainda mais impactados
pela competitividade e pelo resto do mundo."
Em paralelo aos painéis as empresas puderam
visitar a sala digital e uma de gestão, nas quais
os parceiros institucionais e palestrantes falaram
sobre melhoria de gestão para enfrentar essa nova
realidade com ferramentas e soluções inovadoras.
Também presente ao evento o Deputado Estadual
e presidente da Frente Parlamentar do Empreen-
dedorismo da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, Itamar Borges destacou a ótima oportu-
nidade para os empresários debaterem a inovação,
a renegociação e a tomada de novos créditos.
O presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif
Domingos citou iniciativas de apoio às micro, pe-
quenas e médias empresas como o projeto Cres-
cer sem medo. “Conseguimos a duras penas que
o Crescer sem Medo entrasse em vigor a partir de
2018”, explicou. “Passamos de seis para vinte as
faixas de faturamento previstas para os pequenos,
evitando o efeito caranguejo, de não querer cres-
cer para não mudar de faixa de imposto”.
Segundo Afif, outro problema a ser enfrentado é o
do acesso ao crédito. “Nosso sistema financeiro é
muito concentrado, não existe competição”, disse.
“Só se dá prata a quem tem ouro, só se dá crédito
a quem tem propriedades”. Uma das metas, expli-
cou é investir no empréstimo de recursos “para
a produção local”. “Os gerentes de banco estão
amarrados às condições de crédito, não se em-
presta mais dinheiro olhando no olho”.
Para ajudar os empreendedores o Sebrae contra-
tou ex-gerentes de banco para dar orientação de
crédito em seus escritórios. “São eles quem vão
pegar os empreendedores pela mão nesse emara-
nhado que é a concessão de crédito”, afirmou.
Empresários de todo o Estado prestigiaram o evento
Skaf abriu o evento cobrando crédito
Crédito: Fiesp
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