Sindicatos em Ação - Edição 12 - Janeiro de 2015 - page 24

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sindicatos em ação
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O ano de 2014 não foi fácil para o setor têxtil, no
entanto, é importante que o setor continue a bus-
car oportunidades. Quem garante é o presidente
do Simmesp (Sindicato da Indústria da Malharia
e Meias no Estado de São Paulo), Elias Miguel
Haddad. Segundo ele, é difícil fazer um balanço
positivo em um ano tão conturbado, mas as opor-
tunidades existem.
Além de presidente do Sindicato, Haddad é co-
ordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da
Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtex-
til), da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp). "Aqui criamos uma agenda posi-
tiva, a qual procura fatos relevantes que podem
favorecer nosso setor", explica.
Segundo ele, 2015 será um ano difícil no pano-
rama geral, o que não quer dizer que o setor vai
desanimar ou deixar de procurar essas oportuni-
dades. Na última reunião do ano do Comtextil
foram abordados os desafios para o setor crescer
e voltar a atingir resultados satisfatórios.
Rafael Cervone participou da reunião
www.
simmesp
.org.br
Durante a reunião foram apresentadas algumas
opções para melhorar a atuação do setor, como o
software da Lectra, empresa francesa de automa-
ção. De acordo com a gerente de marketing Da-
niela Ambrogi, um dos grandes desafios da cadeia
produtiva é que o novo consumidor tem acesso a
tudo, a qualquer preço. "A tecnologia e o maior
acesso à informação, geram uniformidade de
comportamentos e produtos. O Brasil, uma nação
marcada pela diversidade, representa um desafio
para quem pretende vender uma única coleção
em todos os lugares do país".
Apesar do potencial do mercado local, o momen-
to das empresas brasileiras do setor não é dos
melhores, em sua análise. “Vemos que as prefe-
rências dos consumidores não são maduras”, disse
Daniella, para quem os brasileiros ainda não têm
percepção para diferenciar os produtos nacionais.
Apesar de tudo, há oportunidades de expansão
para as empresas. “Principalmente no interior”,
aconselhou. “Nas últimas décadas cresceu o nú-
mero de
clusters
industriais sofisticados e de gran-
des varejistas. O resultado é um total de 26 mil
empresas industriais no setor.”
A especialista em Recursos Humanos e consul-
tora Elide Della Nina abordou a necessidade de
inovação e o relacionamento entre as gerações no
ambiente de trabalho. Para ela, os desafios princi-
pais das empresas do setor têxtil são a eliminação
do desperdício na produção, o fast-fashion e o va-
rejo on-line. “A educação e a formação precisam
ser pensados internamente”, alertou.
O encontro contou também com a presença do
presidente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit) e vice-presidente do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp), Rafael Cervone Netto.
Setor
T Ê X T I L
precisa buscar oportunidades
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