Sindicatos em Ação - Edição 23 - Novembro de 2016 - page 25

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sindicatos em ação
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O setor de Defesa começa a perceber uma nova movimentação
por parte do atual governo. A sensação, explica o presidente
do Simde (Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de
Defesa), Carlos Erane de Aguiar vem das últimas ações do Mi-
nistério, como a decisão anunciada no último dia 7 de novem-
bro, durante visita do ministro Raul Jungmann ao presidente
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Paulo Skaf, de realizar reuniões trimestrais para discussão de
ações para o desenvolvimento do setor.
Para Erane essa é uma clara demonstração da necessidade de
fortalecimento da cadeia produtiva do setor e que vem sendo
esperada há muito tempo. O ministro participou de reunião
plenária do Departamento da Indústria da Defesa da Fiesp
(Comdefesa).
Na oportunidade o ministro defendeu a participação do em-
presariado na discussão do setor e propôs o contato periódico
entre o ministério e representantes da indústria. Um país que
não desenvolve sua tecnologia fica condenado a não crescer,
afirmou Jungmann. Segundo o ministro é de extrema impor-
tância o fortalecimento da base industrial do setor no Brasil,
com incentivo ao crédito, fomento, inovação e governança.
De acordo com o secretário de Produtos de Defesa do Ministério
da Defesa, Flávio Basílio, existem linhas de ação que precisam ser
adotadas para fortalecer o eixo estruturante da pasta, dentre eles, a
extensão às compras feitas da indústria nacional, da imunidade tri-
butária (imposto de importação e ICMS), existente na importação,
eliminando a atual assimetria.
O secretário falou ainda sobre agenda regulatória, revisão de legis-
lações e o diálogo comoutros países.Emrelação aos financiamentos
e garantias, Basílio explicou que o início do trabalho foi a criação
do Núcleo de Financiamentos e Garantias na Secretaria de Pro-
dutos de Defesa (Seprod). Outro ponto em discussão é a criação
de uma linha internacional de crédito do BNDES para países que
comprem produtos de defesa. Que os fundos constitucionais e de
desenvolvimento possam financiar produtos de defesa, o que de-
pende de mudanças regulatórias. Há negociação também de troca
de informações como Banco do Brasil nas exportações de produtos
de defesa e o estímulo ao uso do Fundo de Garantia às Exportações.
O primeiro passo foi dado, acredita Erane, cabe agora o acom-
panhamento e o levantamento das necessidades do setor. "Pre-
cisamos mostrar os gargalos existentes e trabalhar em conjunto
pela reestruturação da indústria de Defesa do Brasil."
Indústria da defesa ganha
N O V O F Ô L E G O
Jairo Cândido, Raul Jungmann e Paulo Skaf
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