Sindicatos em Ação - Edição 23 - Novembro de 2016 - page 10

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sindicatos em ação
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O aumento significativo da violência tem atingi-
do direta ou indiretamente a todos os brasileiros.
Conhecer o problema e assumi-lo como priorida-
de da agenda pública é de extrema importância.
Para atender a essa necessidade e ampliar o co-
nhecimento sobre o problema criminal, o Depar-
tamento de Segurança (Deseg), da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) desen-
volveu o Observatório de Mercados Ilícitos.
Dentre suas principais ações estão o Anuário e os
relatórios de análise sobre os Mercados Ilícitos em
São Paulo. De acordo com o coordenador do De-
seg, Luciano Villela Coelho, o Departamento co-
meçou um estudo há cerca de 18 meses e percebeu
que as iniciativas de combate aconteciam de forma
isolada. A partir daí o estudo começou a mensurar
Os efeitos do
MERCADO ILÍCITO
o tamanho desses mercados. "É uma visão sobre a
criminalidade de uma forma mais mercadológica,
então o que era visto como quadrilhas especializa-
das, hoje já temos evidências de que se trata de um
grande mercado com investidores, especialistas e
não há mais diferenciação dos tipos de produtos."
Com base nesse estudo foi montado um observa-
tório e o anuário, com o levantamento dos pos-
síveis números de nove mercados relacionados à
indústria. O objetivo, explica, é entender qual o
tamanho da fatia que os operadores ilícitos reti-
ram do mercado lícito. "O governo está em um
momento de necessidade de arrecadação por con-
ta da crise, e se fala em aumento de impostos, sen-
do que, na verdade, temos uma parcela enorme
vazando para as mãos do mercado ilícito."
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