Sindicatos em Ação - Edição 15 - Julho de 2015 - page 29

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sindicatos em ação
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Dempi
Por exemplo nos principais aspectos preocupantes
para as pequenas empresas, temos a metade dos em-
presários respondendo que a demanda interna está
insuficiente, seguida de alto custo da matéria prima
com mais de 30% das respostas. 20% das respostas
apontaram a inadimplência de clientes e a falta de
capital de giro.
Ou seja, uma coisa leva a outra, a inadimplência de
clientes com uma demanda interna insuficiente, gera
uma necessidade maior de capital de giro, o que infe-
lizmente, o mercado bancário não está suprindo pela
alta carga de juros e baixa acessibilidade pelas MPES,
pois 74% estão com muita dificuldade de acesso ao
crédito bancário.
74% das empresas estão com suas margens de lucro
operacional ruim ou muito ruim, o que mostra que
estão perdendo competitividade e tendo que reduzir
drasticamente suas margens para se manterem no
mercado, mas sabe-se lá por quanto tempo.
De acordo com a pesquisa, mais de 62% das pequenas
indústrias estão em situação financeira ruim, resu-
mindo a realidade de queda nas vendas, aumento de
inadimplência e dificuldade de acesso a crédito e baixa
rentabilidade. Logo, não sobra caixa para elas sobrevi-
verem. A alta da inflação está sendo sentida por toda
a sociedade. Os consumidores estão reclamando e as
empresas afirmam na pesquisa que tiveram aumento
nos preços de seus insumos e matérias primas.
Já quanto a capacidade instalada utilizada, as peque-
nas estão mais ociosas que as demais empresas, pois
estão com apenas 57% contra 66% das médias e gran-
des empresas.
Neste momento de desemprego, a pequena é que mais
está sofrendo, pois quase 42% delas estão com queda
de empregos enquanto que apenas 37% das médias e
grandes estão com queda de postos de trabalho. Um
sopro alentador são as 5% das pequenas indústrias que
disseram que irão elevar o quadro de colaboradores.
Milton Bogus
Quase 45% das pequenas disseram estar com seus es-
toques acima do planejado, e 35% das empresas tive-
ram aumento no nível de seus estoques, o que nos le-
var a concluir que as vendas estão baixas e a tendência
é a piora deste quadro nos próximos meses, pois 42%
das empresas preveem queda na demanda por seus
produtos, em contrapartida mais da metade delas pre-
veem estabilidade ou aumento nas demandas de seus
produtos nos próximos 6 meses. O problema reside na
sobrevivência delas até lá, ou seja, como manter-se ati-
va e bem financeiramente até o final do ano.
O sinal que transmitem à sociedade é que vemmais de-
semprego pela frente, pois mais da metade delas estão
prevendo queda no número de empregados, ou seja,
mais demissões nos próximos 6 meses. Mas, como todo
empreendedor é um visionário, 75% estão otimistas
com intenção de investimentos no longo prazo, mas
para tanto, a situação tem que se normalizar.
Milton A. Bogus - Diretor Titular do Departamento
da Micro, Pequena e Média Industria - Dempi
foto – Fiesp
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