Sindicatos em Ação - Edição 12 - Janeiro de 2015 - page 4

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sindicatos em ação
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Paulo Skaf
É preciso que se reafirme, também, a importância da
indústria nos investimentos em inovações, que pos-
sibilitam a transferência de conhecimento, desen-
volvimento de novas tecnologias e modernização.
Tudo isso sem mencionar a quantidade relevante
de empregos indiretos criados e mantidos na eco-
nomia resultantes da interação de outros setores
com a atividade industrial, que compra insumos
dos setores agrícolas, materiais da indústria da
construção e contrata numerosos serviços.
Mas a carga tributária excessiva, a burocracia, os
custos elevados, as dificuldades de infraestrutu-
ra, o crédito caro, os juros altos e o câmbio vêm
estrangulando a capacidade produtiva e a compe-
titividade da indústria brasileira. Apesar da nossa
tenacidade, perdemos espaço nos mercados. Na
Mas a carga tributária excessiva,
a burocracia, os custos elevados,
as dificuldades de infraestrutura, o
crédito caro, os juros altos e o câmbio
vêm estrangulando a capacidade
produtiva e a competitividade da
indústria brasileira.”
maratona do comércio internacional, disputada
por atletas leves e rápidos, o produto manufatu-
rado brasileiro é um competidor que carrega nas
costas uma mochila pesada, cheia de pedras. Uma
competição a cada dia mais difícil.
Trabalhar na retirada das pedras do caminho para
que seja possível recuperar a competitividade do
país não é pedir favores. Trata-se simplesmente de
garantir isonomia. Livre de suas amarras, o setor
industrial pode ser motor do crescimento da eco-
nomia na decolagem rumo a um país mais desen-
volvido e mais justo para todos os brasileiros.
Paulo Skaf é presidente da Federação e do Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp e Ciesp
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